Publicado na revista Vertice (Set-Out, 2008) por Adelto Gonçalves
"Diante dos elogios de Montezuma a Gabriel Nascente, está claro que nada mais é necessário acrescentar (...). Por isso, melhor aproveitar o espaço com a reprodução de um trecho do poema de nove cantos “Joaquim de Montezuma de Carvalho, o lampadário de Lisboa” que Nascente fez em homenagem póstuma ao pensador português:
(…) Ó grande Montezuma de Carvalho, o maquinista
das grandes expressões neo-revolucionárias -- a guiares
o trem de textos pelas vagas do louco tempo:
uí, uíí, uííí… A bordo desse périplo, vultos
imortais viajam, em elos de amizade terreal --
Borges, Bandeira, Paz, Drummond, Cortázar, Gabito,
e outros íncolas da eternidade.
Tu não és ficção, nem metáfora lorquiana (que se
sangra entre touradas, pelas cáveas da lua).
És Pã, zagal dos vocábulos.
A palavra é o teu bordão. Ó alvenel de frases,
que engendras livros aos sopros da grei
Camoniana dos Garret , dos Junqueira, dos Queiroz, dos Pessoa, dos Andrade e dos Quental.
Enfezado, tufão, cospes
Suavidades impressionistas. (…)
(…) Ah, Portugal, ufanas-te deste luso-coimbrão-letrado
Que arranca o sol das estalactites da alma. (…).
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A POESIA DE GABRIEL NASCENTE EM PORTUGAL (ensaios críticos), de Joaquim de Montezuma de Carvalho. Goiânia, Editora Kelps, 112 págs., 2008.
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