sexta-feira, 6 de março de 2009

Efeméride - Um ano depois...


Um homem de várias paixões.

Um ano passou sobre a morte daquele que me criou desde os três anos.
É impossível passar sobre esta data sem deixar algumas palavras que reflictam a convivência com Joaquim Montezuma de Carvalho.
Sem saber por onde vagueia, pairando volátil na imensidão dos tempos e dos espaços, consigo imaginá-lo como um cidadão universal observando-nos com o seu olho arguto como quem pesquisa a razão de ser de cada um neste Universo que desponta cada vez mais conturbado.
Viajei pelo mundo imaginário das crianças quando mirava cada selo da colecção que o meu padrinho (Joaquim M. Carvalho) engordava quase diariamente, sempre que recebia missivas de amigos e conhecidos espalhados por esse mundo fora. Revejo-me criança (com dez, onze anos), ainda em Moçambique, na foto do Joaquim, que apaixonadamente separava os selos, catalogando-os e preparando-os para os guardar em álbuns.
Para o meu padrinho, os selos valiam não apenas pela charneira, estado de conservação ou raridade. O maior valor do selo estava gravado a óleo: o carimbo. O carimbo certificava a viagem que aquela pequena estampa tinha percorrido; quiçá (numa perspectiva modernista da ciência), o ADN de quem o enviava sob forma de saliva seca e invisível. Hoje percebo a valorização do selo carimbado… ele transporta a história da distância e a essência da alma e do físico de quem o remeteu.
E olho esta foto que roubei a meu padrinho já há bastantes anos (julgo que há cerca de vinte e cinco anos), com a ternura com que o olhei há pouco mais de um ano quando se despediu de mim, deitado na sua cama, no dia em que tinha convidado os miúdos (meu irmão Quim , seu filho, eu e o Carlos Luís, seus enteados), para que aparecêssemos com as consortes e descendências para um almoço familiar… O almoço de despedida!
Onde quer que estejas, a essência das pequenas estampas que coleccionaste será sempre conservada como pequenas histórias de vida que coleccionaste criando, assim, a tua própria história.
Um bem haja do afilhado Mário.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Parte da homenagem póstuma - Gabriel Nascente

Publicado na revista Vertice (Set-Out, 2008) por Adelto Gonçalves
"Diante dos elogios de Montezuma a Gabriel Nascente, está cla­ro que nada mais é necessário acrescentar (...). Por isso, melhor aproveitar o espaço com a reprodução de um trecho do poema de nove cantos “Joaquim de Montezuma de Carvalho, o lampadário de Lisboa” que Nascente fez em homenagem póstuma ao pensador português:
(…) Ó grande Montezuma de Carvalho, o maquinista
das grandes expressões neo-revolucionárias -- a guiares
o trem de textos pelas vagas do louco tempo:
uí, uíí, uííí… A bordo desse périplo, vultos
imortais viajam, em elos de amizade terreal --
Borges, Bandeira, Paz, Drummond, Cortázar, Gabito,
e outros íncolas da eternidade.
Tu não és ficção, nem metáfora lorquiana (que se
sangra entre touradas, pelas cáveas da lua).
És Pã, zagal dos vocábulos.
A palavra é o teu bordão. Ó alvenel de frases,
que engendras livros aos sopros da grei
Camoniana dos Garret , dos Junqueira, dos Queiroz, dos Pessoa, dos Andrade e dos Quental.
Enfezado, tufão, cospes
Suavidades impressionistas. (…)
(…) Ah, Portugal, ufanas-te deste luso-coimbrão-letrado
Que arranca o sol das estalactites da alma. (…).
_______________________
A POESIA DE GABRIEL NASCENTE EM PORTUGAL (ensaios críticos), de Joaquim de Montezuma de Carvalho. Goiânia, Editora Kelps, 112 págs., 2008.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Um conimbricense que adorava o México

Soube da morte do saudoso amigo Joaquim Montezuma de Carvalho pelo suplemento cultural do jornal O Primeiro de Janeiro "Das Artes, das Letras", do passado dia 10 de Março. Nascido na freguesia de Almedina (Coimbra), em 1928, Joaquim Montezuma de Carvalho assim que concluiu o curso de Direito foi desempenhar as funções de Conservador/Administrador dos Arquivos Centrais da cidade de Inhambane (Moçambique). Voltou a Portugal logo após o 25 de Abril de 1974, comprando casa em Alfama, Lisboa, montando na própria residência o seu escritório de advogado. Quase a completar meio século de vida, Joaquim Montezuma de Carvalho integra-se no meio jornalístico regional, escrevendo, semanalmente, crónicas para um sem-número de periódicos regionais (A Voz de Trás-os-Montes, O Mensageiro de Bragança, o Arrais, o Jornal da Amadora, entre outros). Especialmente volumosa é a colaboração no Jornal O Primeiro de Janeiro do Porto (suplemento "Das Artes, Das Letras").

De 1992 a 2002, tive residência na histórica vila de Santa Ana, na República da Costa Rica, e na Primavera de 1993 começara a relação epistolar entre o autor deste escrito e Joaquim Montezuma de Carvalho, que chegou até ao fim da sua vida terrena. Muitíssimas cartas, enviadas desde a Costa Rica, chegaram a casa do meu bom amigo com livros, postais ilustrados, revistas e recortes de jornais mexicanos, chilenos e costarricenses. Das inumerosíssimas crónicas escritas no jornal O Primeiro de Janeiro ("Das Artes, Das Letras"), em jornais e revistas da vizinha Espanha e países hispano-americanos, Joaquim Montezuma de Carvalho inspirou-se nos escritos jornalísticos oriundos da Costa Rica *, do México e do Chile. Assim aconteceu nas crónicas intituladas "Don Quijote en Espanglish", publicada no suplemento "Das Artes, Das Letras" de 17-03-2008, e "Ex-libris de Afonso Lopes Vieira, ex-libris de Portugal", no mesmo suplemento a 03-09-2007. No ano de 2002, tive o privilégio de conhecer pessoalmente o amigo Joaquim de Carvalho, sua esposa e seu filho, na residência familiar, sita na Rua dos Remédios, 146-3º, em Alfama, a escassos 300 metros do Museu Militar. Joaquim Montezuma de Carvalho vivia num mundo muito seu… via pouquíssima televisão. Não tinha paciência para ouvir relatos de futebol. Não ligava muito às novas tecnologias. Não amava o dinheiro, amava a vida. Por isso vivia um estilo de vida pleno se simplicidade franciscana. A sua grande paixão era ajudar gente necessitada, ler os clássicos e escrever, escrever, escrever. Mesmo cheio de dores não deixou de escrever. Morreu a escrever.Das visitas feitas a sua casa recordo o "aperitivo sagrado" antes do almoço: uma tisana, de cor rosada, feita de umas ervas aromáticas oriundas da Índia.Em longas conversas por telefone, Joaquim Montezuma confessara-me ter uma "costela" de imperador azteca, Moctezuma II (1466-1520). Com efeito, tinha um especial carinho por tudo quanto fosse mexicano. Creio que ele foi o único português que teve o privilégio de conhecer, em pessoa, Octávio Paz (Prémio Nobel de Literatura 1990) e Mário Moreno "Cantiflas" (actor cómico) na própria terra: México. Não restam dúvidas nenhumas que o nome de Joaquim Montezuma de Carvalho ficou ligado à dignificação do jornalismo luso-hispânico-mexicano. Foi muito produtiva a actividade intelectual de Joaquim de Montezuma de Carvalho. A escrita foi a sua vida! Desse espólio guardo na minha biblioteca o volume, com mais de quinhentas páginas, intitulado "Do tempo e dos homens", publicado em Julho de 2007 pelo Instituto Piaget, Lisboa. "Do tempo dos homens" é um livro para ler e reler! Em suma, há muito a fazer para um estudo minucioso do interessantíssimo labor intelectual deste conimbricense, protagonista duma geração que apaixonadamente, gratuitamente, deu a conhecer, em Portugal, grandes figuras humanistas que marcaram a viragem do século XIX para o século XX. Morreu o homem, mas o cronista-pensador não. O espólio bibliográfico de Joaquim de Montezuma de Carvalho encontra-se bem guardado na Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim. Já seu pai, Joaquim de Carvalho, doara seu espólio bibliográfico à Biblioteca Municipal Santos Rocha da Figueira da Foz.

Dedico este texto ao arqueólogo João Reigota, pela sua volumosa obra de pesquisa nos domínios da arqueologia e da geografia física e humana, que deu origem à volumosa publicação científica nas áreas da história e do património, intitulada "Gândara antiga".

Luís de Jesus (In das Artes e das Letras - Suplemento do Jornal O Primeiro de Janeiro)

* A Assembleia Legislativa da Costa Rica declarou Joaquim Montezuma de Carvalho "Benemérito da Pátria".

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Um aperto no coração...

A meu padrasto e padrinho, Joaquim Montezuma de Carvalho

Lentamente o branco cinza das tuas cinzas se diluiu nas águas mansas do Mondego. E este conduziu-te à última morada por ti escolhida... o mar.
Tal como os primeiros navegadores portugueses que se atreveram a enfrentar o desconhecido nas paragens inóspitas do oceano infindo, também nele mergulhaste, confundindo-te com as águas imensas que Camões referiu como “húmido elemento”.
Não no “húmido elemento”, mas no elemento da douta sabedoria te atreveste a enfrentar os Adamastores e Velhos do Restelo desvendando novos caminhos para a auto-reflexão das ideias feitas e outras não feitas, mas simplesmente desconhecidas. Granjeaste amores e desamores nas horas tardias das vielas emaranhadas do conhecimento, não por glória, mas pela pura philos sophia que caracterizou todo o teu percurso de vida.
Hoje, num dia de Liberdade (25 de Abril) para a nação que te viu nascer, partes sem dor porque a dor já a consumiste nos anos porfiados e tecidos com as finas teias da culturalidade que abraçaste incessantemente. Partes livre como as águas que correm para o imenso oceano. Arrastas contigo todo o peso de uma vida dedicada à palavra e ao pensamento crítico de quem não dorme sobre a opulência do saber. Partes sabendo que levas contigo a mensagem silenciosa de quem gritou no anonimato a liberdade de expressão. Não a liberdade vã de quem se acha no pleno direito do tudo, transformando este belo ideal em libertinagem descontínua, doseada à maneira de cada um. Essa, a Liberdade da Palavra, transmitiste-a honestamente sem coro, mas com o decoro necessário para te fazeres amar por muitos que privaram contigo o suficiente para te conhecer na tua imensa humildade de poeta prosador, cantor da verdade.
A rosa derramada sobre as tuas cinzas já se confundiu nas cores da distância e das águas do Mondego. Um aperto no coração anuncia-me o derradeiro adeus. De novo me senti o “Bolinhas” (nome carinhoso com que me tratavas em criança), pequeno, vivaz e sempre irrequieto, buscando as verdades que só tu vias e compreendias a teu modo. Parece que ao longe escuto a tua voz cansada embargada pelo sono, anunciando o final da história nocturna: “estou cheio de sono... vou descansar!”
Mário Ferreira

terça-feira, 29 de abril de 2008

Sonetos sentidos

Sonetos publicados no "O Primeiro de Janeiro" - Das Artes e das Letras, suplemento de 17 de Março.


A Joaquim Montezuma de Carvalho
Que Deus recebeu no Céu em 6 de Março de 2008

Joaquim Montezuma - um Escritor
Conhecido, mesmo, além de Portugal,
Ou não fosse ele um intelectual
E filho dum notável Professor.

Duma cultura vasta, original,
Tinha um vocabulário criador.
Nas letras foi um vulto pensador,
Mestre em literatura Universal.

Era um Computador (a sua mente)
De memórias pra ceder a toda a gente
Que gostasse de ensino, saber mais…

Perdemos um Amigo de valência
Que já não manda mais correspondência,
Fotocópias, recortes de jornais.

Clarisse Barata Sanches - Góis – Portugal

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Pelo reparo amigo que me deu
na fase mais atroz da minha vida
desejo-lhe, com alma agradecida,
um bom lugar junto de Deus no céu.

Bem o merece, independentemente
do seu carácter recto e generoso,
pela afeição que tinha a toda a gente
com quem mantinha trato primoroso.

Não me conformo com a perspectiva
de nunca mais, daqui para diante,
fruir da sua prosa fascinante.

Terei de contentar-me com reler
os seus "ensaios", sempre que puder,
"a jeito" de emoção retrospectiva!

João de Castro Nunes

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Joaquim de Montezuma de Carvalho
In memoriam

Foi-se hoje embora um grande Amigo meu:
é com a mais profunda dor que espalho
a notícia brutal de que morreu
o Dr. Montezuma de Carvalho.

Grande senhor de uma invulgar cultura,
que partilhava com os seus leitores,
era a mais excelente criatura
e o mais sentimental dos escritores.

Como seu Pai, em prol da Liberdade,
bateu-se desde a sua mocidade
pela franca expressão do pensamento.

Honrou sua Família, amou a Deus
e num estilo forte e virulento
reverberou tiranos e ateus!

Coimbra, 6 de Março de 2008
João de Castro Nunes

segunda-feira, 28 de abril de 2008

LEMBRANÇA DE JOAQUIM DE MONTEZUMA DE CARVALHO (1928-2008)

Dizemos lembrança como poderíamos dizer evocação ou simplesmente comunhão com Joaquim de Montezuma de Carvalho. A palavra homenagem, que hoje em dia quantas vezes se veste de ridículo, é aqui evitada, porque, de facto, não houve discursos oficiais nem protocolos alheios à verdadeira natureza do acontecimento. Porém, o momento foi carregado de significado. Para além de sua esposa D. Maria Júlia Neto Montezuma de Carvalho, de seu filho Dr. Joaquim Manuel Montezuma de Carvalho, nora Dra. Ana Maria Ramalho Montezuma de Carvalho e neto Miguel Afonso, de outros familiares (irmãos, cunhados, sobrinhos e o predilecto afilhado e estimado como filho, o Prof. Mário Jorge Ferreira) e de um reduzido grupo de amigos que conviveram anos e anos com o escritor e crítico literário, não se encontrava mais ninguém. Ou seja, nada a mais e nada a menos, na manhã de 25 de Abril, com um sol radioso. Por ironia do destino, neste dia da liberdade, a lembrança de um homem, falecido a 6 de Março, que sempre se manteve livre de qualquer ditadura: seja a política ou as outras mais brandas, mas que tolhem a liberdade de pensar e de agir. Não é de admirar num pensador e escritor que, pela mão de seu pai o prof. Joaquim de Carvalho, estudou Espinosa e que, durante toda a sua vida, sempre pugnou pelas rotas literárias e culturais (dum modo particular dos mundos hispânico e lusófono) destinadas a aproximar os povos, nas suas singularidades desejadas, sem formatações iguais tão ao gosto de alguns. Por isso, Joaquim de Montezuma de Carvalho, com a sua visão longínqua e alta, isto é, de águia, nunca parou nas capelinhas, mas sempre preferiu a ampla catedral onde cada um, podendo ter o santo da sua preferência, não nega o santo de quem está a seu lado, já, que - permita-se-nos a conclusão da metáfora – todos os santos são santos!

A concentração teve lugar no Largo da Portagem, em Coimbra, junto ao parque e defronte ao Mondego, pouco depois das 11 horas. Alguém referiu que o currículo do autor, que em 1970 recebeu, em S. Paulo, o argentino e universal Jorge Luís Borges, fazendo parte do Júri que lhe atribuiu o prémio dessa bienal, daria para fazer um livro inteiro! Foram também referidas duas importantes edições críticas epistolares: uma sobre Manuel Bandeira e outra do, também brasileiro, Carlos Drummond de Andrade e Joaquim de Montezuma, sendo esta última uma publicação do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Coimbra, e à qual tivemos a honra de assistir.

A cerimónia propriamente dita começou com a leitura de um pequeno trecho da última publicação do autor, pelo próprio filho. Seguiu-se a evocação do autor pelo escritor e poeta Raul Traveira que leu, de sua autoria, Variações em Vogais. Seguiu-se o poeta Eduardo Aroso que lembrou o prefácio escrito para o seu livro Habitante Sensível, onde se fala também de Carolina Michaëlis de Vasconcellos e de um belíssimo texto desta autora, descoberto no pó, que Joaquim de Montezuma “ressuscitou” para anteceder os versos deste livro sobre Coimbra. Foi lido o poema Canção Politonal sobre a Cidade, que é dedicado ao autor recordado. Depois de intervenções mais espontâneas de familiares e de amigos, seguiu-se o comovente lançamento (simbólico) ao Mondego das cinzas do corpo do escritor que não acreditava verdadeiramente na morte como fim. Pelas «doces e claras águas do Mondego», assim cantou Camões, deslizaram parte das cinzas. As restantes foram, no cenário claro e aberto da Figueira da Foz, do mesmo modo lançadas desta vez ao largo oceano. Esse mar, no qual o seu idealismo tanto viajou para aproximar os povos. Uma das últimas façanhas suas foi a de ter organizado a maior homenagem em livro que alguém fez a um poeta em Portugal. Trata-se da obra A Jeito de Homenagem a Eugénio de Andrade, na qual participam mais de duzentos poetas de todos países das Línguas Portuguesa e Castelhana. Em 1963 fez parte do júri internacional que atribuiu ao mexicano Octavio Paz o Grand Prix de Poésie (prémio belga). Em 1971 foi-lhe outorgado o prémio mexicano José Vasconcelos. Designado, em 1999, Cavaleiro da Ordem de S. Eugénio de Trebizonde - de Espanha. Colaboração na revista Relligioni Oggi (Roma); Revista Interamericana de Bibliografia (Washington); Vida Universitária (México do Norte), Sembradores de Amistad, Comunidad, Nivel e Humanitas; no diário El Universal (Equador); na revista Humboldt (Alemanha); Repertório Latinoamericano (Buenos Aires), etc. Foi membro de The Hispanic Society of America (Nova Iorque).

Concluindo assim este roteiro de saudade e de gratidão, o poeta Raúl Traveira leu Versos e Contrastes, que já havia dedicado ao Professor Joaquim de Carvalho; poemas também recitados pela poetisa figueirense Manuela de Azevedo e pela bibliotecária Gracília Carmo que, para além do bonito poema que leu, o fez anteceder de palavras comoventes e de gratidão por tudo o que o autor fez pela Figueira e muito especialmente no enriquecimento do acervo da biblioteca municipal no que toca à literatura ibero-americana. Numa tarde de branca espuma, junto ao farol do molhe, numa tarde igual a tantas outras que Joaquim de Montezuma desfrutou, desta vez vimos uma rosa sobre as águas, como um barco, pairando, símbolo da flor do espírito que permanece no eterno movimento da vida, pois ele deu mais vida à própria vida, mais alegria ao seu semelhante, afrouxando as fronteiras limitadoras.

Coimbra - Figueira da Foz, 25-04-08

Eduardo Aroso



terça-feira, 22 de abril de 2008

Informação breve


No próximo dia 25 de Abril de 2008 pelas 11.00 horas, serão lançadas da Ponte de Santa Clara, em Coimbra, as cinzas de Joaquim Montezuma de Carvalho. Após lançamento de parte das cinzas, a cerimónia encerrará na praia da Figueira da Foz, cidade berço deste grande homem, cumprindo-se, assim, os últimos desejos daquele que procurava na leitura o pensamento.

Mário Ferreira